A CORPO A FORA é uma ação de internacionalização, um exercício de imaginar e criar políticas de aproximação das artes cênicas brasileiras para além de nossas fronteiras.

Ela surge como consequência do trabalho entre a Produtora CORPO RASTREADO (corporastreado.com) e artistas das artes da cena, que realizam em parceria uma ação continuada para o desenvolvimento de suas trajetórias artísticas.

Somos uma rede de produtores/artistas que planejam, implementam e acreditam na cooperação entre os diferentes corpos como primeira matéria para a criação.

Dentro dessa perspectiva, de criar ações que possam fomentar nossos trabalhos, desenvolvemos em 2020 a ação de internacionalização denominada FarOFFa (faroffasp.com.br), e através dela realizamos diferentes formas de encontro entre artistas, público, produtores e programadores, inclusive durante o isolamento social no contexto da Covid-19, tendo como ação principal a aproximação de ideias e pensamentos acerca da internacionalização das artes cênicas brasileiras.

Acreditamos que o tempo é grande aliado dos nossos trabalhos e dos artistas que a compõem. Não estamos preocupados com estreias, mas com as urgências que afligem artistas e sociedade, no contexto ao qual estamos inseridos, pois nosso trabalho antes de mais nada é político e a arte que nos interessa não é inofensiva!
A artista coloca seu corpo travesti como sujeito e objeto de pesquisa, debatendo/denunciando a ausência desses corpos nos espaços de arte.
(2020) Corpo sua autobiografia; (2019) “Manifesto Transpofágico”; (2018) “Domínio Público”; (2016) “O evangelho segundo Jesus, Rainha do céu”; (2016) “ZONA!”; (2013) “Projeto Bispo”; (2012) “Dentro de mim mora outra”; (2009) “Nossa vida como ela é”. Na luta pela inclusão de corpos travestis/trans nas artes, buscando a naturalização desses corpos e assim, alcançar sua humanidade, para profissionalização e permanência de corpos travestis/trans nos espaços de criação artística.
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RENATA CARVALHO

Graduada em Ciências Sociais. Fundadora do Monart (Movimento Nacional de Artistas Trans),
do "Manifesto da Representação Trans" (que visa à inclusão dos corpos travestis/trans nos
espaços de criação artística e pede o rompimento com a prática do Trans Fake - artistas
cisgêneros interpretando personagens trans/travestis).
Como transpóloga (antropóloga trans), estuda o corpo travesti/trans desde 2007, quando se
tornou agente voluntária de prevenção de stis, HIV/AIDS, tuberculose e hepatite pela
Secretaria Municipal de Saúde de Santos, trabalhando especificamente com travestis e
transexuais na prostituição, mesmo ano de sua percepção travesti.
Essa transpologia aponta para a construção social, midiática, criminal, hipersexualizante,
patológica, religiosa e moral que permeia os corpos trans/travesti, onde a arte e,
consequentemente, os artistas também foram/são responsáveis pela construção desse
imaginário do senso comum.
A artista coloca seu corpo travesti como sujeito e objeto de pesquisa, debatendo/denunciando
a ausência desses corpos nos espaços artísticos.
A CORPO A FORA é uma ação de internacionalização, um exercício de imaginar e criar políticas de aproximação das artes cênicas brasileiras para além de nossas fronteiras.

Ela surge como consequência do trabalho entre a Produtora CORPO RASTREADO e artistas das artes da cena, que realizam em parceria uma ação continuada para o desenvolvimento de suas trajetórias artísticas.

Somos uma rede de produtores/artistas que planejam, implementam e acreditam na cooperação entre os diferentes corpos como primeira matéria para a criação.

Dentro dessa perspectiva, de criar ações que possam fomentar nossos trabalhos, desenvolvemos em 2020 a ação de internacionalização denominada FarOFFa, e através dela realizamos diferentes formas de encontro entre artistas, público, produtores e programadores, inclusive durante o isolamento social no contexto da Covid-19, tendo como ação principal a aproximação de ideias e pensamentos acerca da internacionalização das artes cênicas brasileiras.

Acreditamos que o tempo é grande aliado dos nossos trabalhos e dos artistas que a compõem. Não estamos preocupados com estreias, mas com as urgências que afligem artistas e sociedade, no contexto ao qual estamos inseridos, pois nosso trabalho antes de mais nada é político e a arte que nos interessa não é inofensiva!
Artista e pesquisadora, Marina Guzzo concentra suas criações na interface do corpo e da paisagem, misturando dança, performance e circo ao tensionar os limites da subjetividade nas cidades e na natureza. Desde 2011 tem como centro de sua pesquisa a crise climática e o papel do artista na produção de imaginários para travessias de um mundo em ruínas no Antropoceno. Trabalha em parcerias com equipamentos de saúde, cultura e assistência social pensando a arte como ação política que tece uma rede interespecífica complexa de pessoas, instituições, objetos, plantas, animais, fungos e paisagem. Pós-doutora pelo Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP e mestra e doutora em Psicologia Social pela PUC-SP. É Professora Associada da Unifesp no Campus Baixada Santista, pesquisadora do Laboratório Corpo e Arte no Instituto Saúde e Sociedade.
Meu corpo sempre chega antes!
Janaina Leite é atriz, diretora, dramaturga e pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP). É referência no cenário brasileiro pela pesquisa sobre "teatros do real" com peças como Stabat Mater (Prêmio Shell de dramaturgia em 2020) e o projeto Ensaios Escopofílicos, que investiga a relação entre teatro e pornografia em peças como Camming 101 noites e História do olho - um conto de fadas pornô-noir. Sua pesquisa se concentra em linguagens híbridas, a perspectiva obscena que aborda o teatro e a performance, a arte e a vida, e difunde os limites entre as práticas artísticas e socioculturais. O trabalho de Leite tem atraído interesse fora do Brasil, e ela foi convidada para países como França, Espanha, Portugal, Chile e México. Atualmente, ela faz parte do programa de dramaturgos latino-americanos que compõem o projeto Bombon Gesell, sediado em Buenos Aires, e é uma das artistas brasileiras escolhidas para criar uma obra original para a edição "Voices from the South" do Festival de Edimburgo em 2023.
Coletivo Ocupação
Criado em 2017 por performers e artistas que se uniram durante a revolta do movimento secundarista e as ocupações de escolas públicas em São Paulo, entre 2015 e 2016. Do encontro entre rebeldia e teatro, entre formação e criação, nasceu a coletivA ocupação, como um território de investigação de diferentes linguagens e narrativas a partir de convulsões e lutas urgentes do nosso tempo: corpos em revolta, que agora ocupam novos espaços e narrativas.
Desde 2018, o grupo vem construindo um percurso de espetáculos e oficinas para jovens, recebendo bolsas da prefeitura de São Paulo para se apresentar em escolas públicas e dar continuidade ao novo projeto FESTA E GUERRA - entre levantes, finalizando o processo de dois anos de erupção - a revolta ainda não acabou.
Andre Duarte
É artista, curadora, diretora e pesquisadora em teatro, com
uma prática e pesquisa inserida no campo anticolonial. Morou cinco anos no
Parque Indígena do Xingu com os Kamayura e desde então trabalha como
apoiadora à causa indígena completando 20 anos de
realizações. É doutoranda
pela USP/ECA onde estuda Teatro e os Povos Indígenas com orientação da
Profa. Doutora Beth Lopes e com publicação de artigos em diferentes revistas,
tais como Arte da Cena

Há 18 anos participa como atriz de diferentes grupos e espetáculos em
mostras nacionais e internacionais. Criou e atuou no solo Gavião de Duas
Cabeças entre 2016

2019 passando por vários festivais, tal como Le Manifest
na França em 2017, onde apresentou
e levou como convidado o xamã Davi
Kopenawa Yanomami. Realizou ao lado do líder indígena Ailton Krenak o
experimento cênico “O silêncio do mundo” no festival Porto Alegre Em Cena em
2019
Gabriela Carneiro da Cunha é atriz, diretora e pesquisadora. Nos últimos 5 anos, a artista desenvolve o “Projeto Margens - sobre Rios, Buiúnas e Vagalumes, uma pesquisa de arte dedicada a ouvir e ampliar o testemunho de rios brasileiros que estão vivendo uma experiência de catástrofe. Este projeto foi concebido como uma resposta ao Antropoceno, definido aqui como "o momento em que os homens deixam de temer a catástrofe para se tornar a própria catástrofe ".
A primeira etapa foi criada a partir do testemunho do rio Araguaia e realizada em
2015 com a peça de Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos sobre as
mulheres que lutaram e morreram na Guerrilheira do Araguaia. A peça realizou apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília, no ano de 2019, a peça foi apresentada em nove cidades da região onde os conflitos realmente ocorreram. Foram um mês e meio, onde realizamos apresentações, workshops e debates.
Em 2019, estreou na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp, a performance-instalação "Altamira 2042”, a segunda etapa deste projeto de pesquisa, desta vez criada a partir do testemunho do rio Xingu sobre a catástrofe causada pela Hidrelétrica de Belo Monte.
A artista foi contemplada pela bolsa da Faperj de incentivo a criação artística, experimentação e pesquisa, bem como a Bolsa de Formação Artística Funarte,Residência Oi Futuro Artsônica e Fundação Prince Claus e Instituto Goethe Para Respostas culturais e artísticas às mudanças ambientais.
Em sua carreira em teatro e cinema, trabalhou com diretores como Ariane
Mnouchkine, Georgette Fadel, Cibele Forjaz, Grace Passô, Eryk Rocha e Heitor
Dhalia. Em 2019 ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Cinema do Rio.
Clayton Nascimento foi criado na periferia da zona sul de São Paulo no Jabaquara dos anos 90. Atualmente é Professor de Jogos de Ator e Improvisos de Cena na Escola Superior de Artes Célia Helena, escola essa, onde se formou; fez Casa do Teatro, SP Escola de Teatro e na EAD, a Escola de Arte Dramática.

Ator de BURAQUINHOS, peça vencedora do Prêmio APCA 2019 de Melhor Direção, premiando assim a Primeira Negra a ganhar tal nomeação em 70 anos, Naruna Costa; e vencedor também do Aplauso Brasil em Melhor Direção e indicado a Melhor Elenco em 2019.

Escreveu, dirige e interpreta a multipremiada peça MACACOS, sobre racismo e genocídio negro no Brasil. Alguns dos prêmios recebidos são: Shell de Melhor Ator (2023), APCA de Melhor Ator (2023), Melhor Ator e Melhor Espetáculo no FestKaos (2022), Melhor Iluminação (para Danielle Meirelles), Melhor Texto e Melhor Ator no FESTIC Caruaru (2019), Melhor Espetáculo no Festival de Teatro de Amazonas (2017), Melhor Ator no XX Festival de Teatro do Rio de Janeiro (2016), entre outros. Em 2020, publicou a dramaturgia de MACACOS em livro pela Editora Cobogó

Foi Residente Artístico no Sesc Pompéia onde desenvolveu sua pesquisa sobre teatro, direção cênica e opressão. Fez MACBETH sob a direção inglesa da Royal Shakespeare Company. Participou de workshops com Hilton Cobra, Valéria Monã, Raul Cortez, Hilton Lacerda, Anna Mouylaert, Quito, Nídia Lícia, entre outros.