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BEATRIZ SANO E EDUARDO FUKUSHIMA
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Beatriz Sano e Eduardo Fukushima colaboram no trabalho artístico um do outro há 10 anos. Há cinco anos ensinam e dirigem coreografias de grupo por meio de residências artísticas de dança em São Paulo, Chile e Paraty. Em abril de 2019, juntamente com Isabel R. Monteiro e Júlia Rocha, codirigiram a peça IMAGINE, premiada pelo 23º Festival Cultura Inglesa. Em 2021 desenvolveram o projeto DUAS PEÇAS PARA OUVIR, premiado pelo ProAC Expresso LAB Aldir Blanc. No mesmo ano criaram a peça QUE MANCHA, produzindo um vídeo de dança, captando e transmitindo ao vivo na Bienal Sesc de Dança 2021, com estreia presencial no Sesc em 24 de maio, e uma temporada no Sesc Avenida Paulista em julho de 2023. Em 2023 estrearam HORIZONTE no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo, Fukushima coreografou São Paulo Cia de Dança, a dupla coreografou Balé da Cidade de São Paulo com HORIZONTE+.
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O que mancha
Neste primeiro espetáculo dirigido e dançado por Beatriz Sano e Eduardo Fukushima, os dois confundem fronteiras dentro e fora do palco. Transitando entre os papéis de coreógrafos, diretores e bailarinos, a dupla constrói a obra a partir da vibração entrelaçada entre voz e movimento. A ação de produzir som e gesto ao mesmo tempo desestabiliza noções de dualidade, como humano e animal, mulher e homem e matéria viva e morta. Misturados, os dois confundem fronteiras corporais e viajam através de sons capturados e retrabalhados ao vivo em uma mesa de edição. Nesse fluxo, investigam outras formas possíveis de comunicação e abrem espaço para duas existências para ampliar os imaginários de suas relações.
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Horizonte
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A peça Horizonte é idealizada, dirigida e interpretada por Beatriz Sano e Eduardo Fukushima, com música ao vivo do baterista Chico Leibholz. O campo criativo da dupla foi o trabalho e ateliê-casa da artista visual nipo-brasileira Tomie Ohtake através do projeto Tomie Dançante (2022 / 2023). Sua estreia aconteceu em março de 2023 como parte da exposição comemorativa dos 20 anos do Instituto, com curadoria de Paulo Miyada e Priscila Gomes.
Em outubro de 2023, o Horizonte foi ampliado para 32 bailarinos do Balé da Cidade de São Paulo com o Horizonte+. Em dezembro o processo foi aberto com 4 apresentações no Teatro Municipal Cúpula e em junho de 2024 estreará no palco do Theatro Municipal de São Paulo.
A peça retorna ao corpo de Sano e Fukushima através de formas, desenhos e cores materializadas na dança. A partitura do movimento é formada a partir da paisagem horizontal da pulsação da respiração e do seu equilíbrio, do movimento pendular e instável, do que cabe e do que não cabe. Simultaneamente, a banda sonora é interpretada ao vivo, com repetições e variações acentuadas, fazendo vibrar não só as paredes do teatro, mas também as de todos os que participam neste evento. No Horizonte somos convidados a deixar de lado não só os hábitos de movimento, mas também os hábitos de olhar o movimento, somos levados a perceber a beleza contida no simples desenho do círculo em que não há começo nem fim.