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Criada em 2017 por estudantes, performers e artistas que se conheceram durante o movimento secundarista e as ocupações de escolas públicas em São Paulo, entre 2015 e 2016.
Do encontro entre rebelião e teatro, entre formação e criação, nasce a coletivA ocupação como um território de investigação de diferentes linguagens, gestos e narrativas a partir de levantes e combates urgentes de nosso tempo: corpos em revolta, que agora ocupam novos espaços.
A primeira criação do grupo foi a performance “Só me convidem para uma revolução onde eu possa dançar” que teve a sua primeira apresentação no encontro Performando Oposições, organizado pela Casa do Povo e em seguida na MIT, Mostra Internacional de Teatro em São Paulo em 2017.
Lia Rodrigues nasceu em 1956 em São Paulo, Brasil, onde estudou Ballet Clássico e cursou História na USP. Em 1977, foi uma das fundadoras do grupo independente de dança contemporânea Andança, vencedor do prêmio da APCA em 1978. Entre 1980 e 1982, trabalhou na Compagnie Maguy Marin, na França, onde participou da criação de ‘May B’, um dos mais celebrados espetáculos de dança contemporânea.
A palavra "encantado", do latim incantatus, designa algo que é ou foi objeto de encantamento ou de feitiço mágico. Encantado é também sinônimo de maravilhado, deslumbrado ou fascinado e também uma expressão de cumprimento social. No Brasil, encantado tem ainda outros sentidos. O termo se refere às entidades que pertencem a modos de percepção do mundo afro-indígenas. Os encantados, animados por forças desconhecidas, transitam entre céu e terra, nas selvas, nas pedras, em águas doces e salgadas, nas dunas, nas plantas, transformando-os em locais sagrados. São seres que atravessam o tempo e se transmutam em diferentes expressões da natureza. Não experimentaram a morte, mas seguiram em outro plano, ganhando atribuições mágicas de proteção e de cura. Deste modo, as ações predatórias que ameaçam a vida na Terra, a destruição sistemática das florestas, dos rios e dos mares impactam também a existência dos Encantados. Não há como separar os encantados da natureza ou a natureza desses seres. Como encantar nossos medos e nos colocarmos no coletivo, próximos uns dos outros? Como encantar o que nos cerca, imagens, danças e paisagens e transformá-las em nossos corpos e ideias? Como entrar em encantamento e nos acoplarmos, nós e o ambiente, em arranjos variados e ir ao encontro dos seres viventes em toda a sua diversidade?
RENATA CARVALHO
Graduada em Ciências Sociais. Fundadora do Monart (Movimento Nacional de Artistas Trans),
do "Manifesto da Representação Trans" (que visa à inclusão dos corpos travestis/trans nos
espaços de criação artística e pede o rompimento com a prática do Trans Fake - artistas
cisgêneros interpretando personagens trans/travestis).
Como transpóloga (antropóloga trans), estuda o corpo travesti/trans desde 2007, quando se
tornou agente voluntária de prevenção de stis, HIV/AIDS, tuberculose e hepatite pela
Secretaria Municipal de Saúde de Santos, trabalhando especificamente com travestis e
transexuais na prostituição, mesmo ano de sua percepção travesti.
Essa transpologia aponta para a construção social, midiática, criminal, hipersexualizante,
patológica, religiosa e moral que permeia os corpos trans/travesti, onde a arte e,
consequentemente, os artistas também foram/são responsáveis pela construção desse
imaginário do senso comum.
A artista coloca seu corpo travesti como sujeito e objeto de pesquisa, debatendo/denunciando
a ausência desses corpos nos espaços artísticos.
Marcelo Evelin é bailarino, coreógrafo e pesquisador. Vive entre Teresina e Amsterdam e trabalha no Brasil, Japão e em vários países da Europa como artista independente a frente da Plataforma Demolition Incorporada, baseada no CAMPO, um espaço de Residência e Resistencia das Artes Performáticas em Teresina, no Piaui. Seus espetáculos “De Repente Fica Tudo Preto de Gente”, “Batucada” e “A Invenção da Maldade” circulam atualmente por teatros e festivais do mundo. Ensina na Escola Superior de Artes de Amsterdam desde 1999 e vem criando projetos junto a Universidades e cursos de mestrado, entre eles ISAC (Bruxelas), Museu Reina Sofia (Madri), EXERCE (Montpellier) e CND (Paris). Em 2019 recebeu o titulo de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Piauí. Em 2020 criou "And Yes, I sad Yes, I will Yes" para Coroline Eckly/Companhia Carte Blanche (Bergen,Noruega), “Drama” para La Manufacture (Lausanne, Suíça), “La Nuit Tombe Quand Elle Veut” (Rennes, França) em colaboração com Latifa Laabissi, e reapresentou seu solo "ai, ai, ai" (1995) no Festival d'Automne em Paris. Em 2022 recriou o acontecimento performático BARRICADA para o Festival Transborda (Almada, Portugal) e estreou UIRAPURU a mais recente criação da Plataforma Demolition Incorporada.
O GRUPO CENA 11 CIA. DE DANÇA desenvolve e compartilha ferramentas técnicas fundamentadas nas relações entre corpo, ambiente, sujeito e objeto como variáveis de um mesmo sistema vivo que existe enquanto dança. Seus projetos de pesquisa e formação confluem teoria e prática no entendimento de dança e atravessam as definições de corpo tratando tecnologia como extensão e expansão do corpo propriamente dito. A Companhia, dirigida por Alejandro Ahmed, surgiu e é radicada na cidade de Florianópolis - SC e atua desde 1995 na produção artística de dança tendo se tornado referência nacional e internacional da área. Um núcleo de criação com formação em várias áreas compõe a base para uma produção artística em que a ideia precisa ganhar expansão num corpo e se organizar como dança. O grupo propõe através de um elenco estável a organização coletiva através das singularidades do elenco. Nos últimos anos, com os espetáculos “Skinnerbox” (2005) e “Pequenas frestas de ficção sobre realidade insistente” (2007), o Grupo propôs que sua produção coreográfica fosse tratada como um processo em constante desenvolvimento, tendo como patamares de estabilidade as formulações artísticas que leva a público. Em 2008, com o Projeto de Intercâmbio entre o Grupo Cena 11 (Brasil – Santa Catarina) e Impure Company (Noruega) as formas de criação e pesquisa da companhia passaram a considerar efetivamente em sua dinâmica as experiências trocadas com grupos do Exterior e do Brasil, formulando produtos de composição em contínuo desenvolvimento. Esta trajetória de pesquisa recebeu do Ministério da Cultura e Governo Federal a Ordem do Mérito Cultural 2014. Foi premiada pela APCA (Associação Paulista de críticos de dança) por 4 vezes - 2014, 2012, 2007,1997 - e também pelo Prêmio Bravo, Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia, Transmídia Itaú Cultural, Bolsa Vitae e Rumos Itaú Cultural. O objeto de pesquisa central do Grupo Cena 11 é o modo de controle do corpo, este definido como sujeito e objeto dele mesmo através do movimento. É na dança que a Cia. propõe que as questões sejam desenvolvidas e que sejam propostas novas perguntas. Neste momento as definições de corpo, dança e coreografia desenvolvem investigações sobre convívio, diferença, vestígio e continuidade. Como continuar habilitando o corpo a ser um coletivo. Não um conjunto de individualidades, mas um indivíduo de coletividade. Um corpo impossível de se compreender a sós.
É um conflito, uma explosão, é um ato premeditado para envolver o outro, onde o público se arrisca para fazer a selfie do dia. É testemunha da violência compartilhada, dos corpos descartáveis no Brasil. A desigualdade das posições sociais e os atritos gerados a partir disso, a parte crua das situações, as cores e os valores. A treta do Palácio do Planalto, a do vizinho, a da batalha de breaking. A treta do Dirceu com as outras quebradas e nossa própria treta que traz a dança como posicionamento no mundo. Os movimentos dessa dança são a expressão de moléculas do que de fato acontece, da realidade do corpo e do cotidiano. tReta é uma criação do Original Bomber Crew, Teresina – Piauí – Brasil.
Original Bomber Crew [OBC] é o elemento breaking do grupo piauiense de hip hop Interação Ralé. Com participações em festivais, batalhas e encontros nacionais e internacionais, é uma organização de práticas, pesquisa e produção da cultura hip hop. OBC se mantém ativo desde 2005 e é referência no Piauí sobre trabalho de formação em dança de rua. Atualmente ocupa a Casa do Hip Hop em Teresina junto a outros artistas da cidade, desenvolvendo criações em espetáculos, performances, batalhas, intervenções urbana, festivais e oficinas de dança, no Piauí e estados vizinhos. Desde 2018 é residente da Casa de Produção / Campo Arte. Junto com o Panorama Raft 2021 e seus parceiros internacionais, produziu a série de vídeos VAPOR-Ocupação Infiltrável. Segue na difusão com tReta, uma inavasão performática, em 2023 estreará os solos Click, Preto Correndo, Maior que Eu e a mais nova criação presencial em grupo, que parte de Vapor.